O que é consentimento e por que ele é indispensável
- Samantha Costa
- 7 de nov.
- 2 min de leitura
Falar sobre consentimento nas relações sexuais é fundamental para construir uma sociedade baseada em respeito e segurança. Mais do que uma formalidade, o consentimento é o que define se uma relação é desejada — ou se é uma forma de violência.
Consentimento significa acordo claro, livre e consciente entre todas as pessoas envolvidas em uma relação íntima. Ele deve ser dado de forma voluntária, sem pressão, chantagem, medo ou uso de força. Um “sim” só é verdadeiro quando vem acompanhado de vontade e conforto.
É importante entender que sem consentimento, não é sexo — é estupro. Essa frase, repetida tantas vezes em campanhas e debates, resume uma verdade simples, mas poderosa. Qualquer ato íntimo que aconteça sem a concordância de todos os envolvidos é uma violação dos direitos e da integridade da pessoa.
O consentimento também é contínuo e pode ser retirado a qualquer momento. Mesmo que alguém tenha concordado em começar, essa pessoa tem o direito de mudar de ideia. Respeitar o “não” — dito de forma verbal ou demonstrado por gestos, desconforto ou silêncio — é essencial. O silêncio nunca deve ser interpretado como permissão.
Muitos ainda acreditam que o consentimento é algo “implícito” em um namoro, em uma festa ou em uma situação de intimidade, mas isso é um mito perigoso. Consentimento não é automático, é comunicação. Ele deve ser perguntado, ouvido e respeitado todas as vezes.
Falar sobre consentimento é também falar sobre prevenção do estupro. Quando educamos pessoas, especialmente jovens, a entender que o corpo do outro não é um direito garantido, mas um espaço que merece respeito, ajudamos a reduzir comportamentos abusivos e a fortalecer relações saudáveis.
No fim das contas, o consentimento é mais do que uma regra — é um ato de cuidado. É o que transforma o encontro em algo mútuo, seguro e prazeroso. Reconhecer seus limites e os do outro é a forma mais concreta de construir intimidade com respeito e dignidade.
